Nasceu e viveu na Zareia, Queimada Redona/Aldeia Umã, Carnaubeira da Penha, onde teve 10 filhos.
Escreveram Manoel Izidorio e Manoel de Justo na genealogia da família Lopes em 1977 que "quando Deus mandou seu mensageiro sair dando a felicidade disse: dai um pouco a José Otil da Silva, o da Queimada Redonda. Tudo era de sorte para ele, não era vaidoso, não guardou a mocidade, o quanto era de boas condutas. O seu idealismo era trabalhar. Sempre teve muitos trabalhadores. O Zequinha com seus 17 anos de idade começou o seu primeiro amor e com o primeiro amor ele noivou e casou com 18 anos de moço com Espreciosa Cirilo de Sá, filha de Izaque Marcolino Pereira e Jovina Cirilo de Sá. Não foi rapaz, foi de menino para homem. Zequinha construiu uma casa de tijolo com dois vãos e divisão de seis compartimentos, sendo esta a terceira casa de tijolo com dois vãos da Queimada Redonda. Tudo foi muito bom para ele. Logo em seguida fez uma casa de farinha. Comprou uma casa de comércio em Carnaubeira, onde passou a comerciante e fez uma casa de residência. Após anos deixou o comércio e seguiu para o velho ramo da agricultura. Fez um açude no chique chique, onde lhe deu bons resultados, mas veio uma chuva diluviana e levou o açude. Fez então um sítio neste local que lhe deu fabulosos frutos. Ele sempre foi prevenido de seus bons celeiros e não deixava de servir aos seus trabalhadores ou aos seus vizinhos que lhe ocupam. A mora da casa de Zequinha sempre é bem servida. Dificilmente ele almoça ou ceia ele só. Ele é um homem de boas hospedagens, até parece com o famoso ator Artur Baier. Ele não conta com molezas. Deus olha para seu povo e não falta àqueles que são de boas perseveranças. O José Otil é de boas humanidades, não sabe ofender e não é ofendido. O mal nunca foi feito por ele. Ele é prevenido antes que aconteça. A saúde, a paz e a felicidade foram feitas para ele. Saúde na sua casa não falta. Os médicos não verão seu dinheiro. As farmácias não venderam a ele seus medicamentos e a paz o Senhor sempre lhe deu. O quanto tudo isto sempre nasceu meninos e meninas. A sua esposa é boa, que Deus lhe deu. O que ele quer, ela quer, o que ele gosta, ela aprecia, o que ele “empunã”, ela “aborece”, o que ele faz, seja o que for, ela diz: está bom. Já faz 42 anos que casaram e nunca brigaram. Todas as finalidades de José Otil são boas, foi bom filho, bom esposo, bom irmão, bom genro, bom cunhado, bom pai e bom avô. Seus filhos todos estão herdando sua sorte e casam novos. O José Otil é o homem que trabalha, usa da inteligência e faz suas partes econômicas. Ele tem seu animal de sela e passeio, seus animais de trabalho, tem gado, onde sempre não falta suas vacas leiteiras e tem o criatório de bode e ovelhas. É assim que Deus sempre está ao seu lado, o quanto ele está ao lado do seu Deus. O Zequinha é meio político e tem recebido da política suas recompensas. Sempre sabe fazer seus amigos. Ele é um homem de boas estaturas, bem parecidos, físico bonito, o quanto tem boas saudes. É provável que Deus lhe dê seus 80 anos e veja muito dos seus bisnetos.”
Zequinha faleceu aos 92 anos de idade deitado numa rede na casa de sua filha caçula Geni.
O local de seu nascimento, que pertencia a Floresta-PE, atualmente pertence a Carnaubeira da Penha-PE.
Texto de seu neto Windson José, filho de Joaquim José. Ambos os “José” em homenagem a este que foi um grande exemplar homem da Queimada Redonda, José Otílio. Zequinha era bisneto de outro José, o José Lopes da Silva, conhecido por Zezinho, filho de outro José, o José Lopes da Silva, conhecido por Cazuza, tronco dos Lopes da Silva de Carnaubeira da Penha/PE.
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