Antônio foi o primeiro filho do Coronel Manoel Lopes Diniz, concebido quando este ainda jovem.
Seus irmãos foram se afastando do Brejo do Gama e Antônio ficou de último ao lado de seu pai.
O irmão José Lopes de Diniz, por exemplo, formara fazenda na Carnaubinha.
Antônio resolvia os negócios do Coronel, principalmente nas regiões da Fazenda Grande, da Vila Bela e do Boqueirão, que atualmente são: Floresta, Serra Talhada e Belmonte.
Eis que em 10/10/1830, por escritura pública, Antônio foi deserdado dos direitos de sucessão de seu pai. Consta na escritura que foi em razão de desobediência constrangedora ao mesmo, Coronel do Brejo.
A tradição oral aponta que a deserção foi em razão do casamento de Antônio com Silvana (Sabana), que era pobre e filha de índia; que o pai de Silvana, capitão José Ferreira da Silva, era rival do Coronel e que numa volta de uma viagem de cobrança de alta dívida, Toim gastou todo o montante recebido com os companheiros de viagem numa noitada de farra, sendo então o castigo a deserção da herança.
O escritor sertanejo florestano Leonardo Ferraz Gominho, em seu livro Floresta, uma terra, um povo (coleção templo municipal - 14), 2ª edição, 2018, na página 84 informa que o português Manoel Lopes Diniz, contrariado com o casamento de sua filha Rosa Maria do Nascimento (irmã do Coronel do Brejo) com o capitão comandante Francisco Gomes de Sá, teria se retirado da Fazenda Grande, ou de suas proximidades (fazenda Campo Largo), indo morar perto da serra do Arapuá, no local chamado Panela d’Água.
Observe-se que o cidadão era capitão comandante da freguesia de Tacaratu e pertencia a uma família de posses.
A mãe de legitimação de Antônio e viúva do coronel (sua segunda esposa), Ana Tereza da Silva, não procedeu da mesma forma com seu patrimônio e Antônio foi herdeiro de sua herança com terras no Brejo do Gama, Tapera, Pedrinha e na Queimada Grande.
Manoel Izidorio e Manoel de Justo, nos manuscritos da genealogia da família Lopes, escreveram que a mãe biológica de Antônio era uma parente do Coronel do Brejo que vivia com a família em Salgado Melão, Bahia, família esta que entregou Antônio para ser criado pelo pai.
Mais adiante, Antônio, seu filho José Lopes Diniz (Cazuza) e neto José Lopes Diniz (Zezinho) substituíram o sobrenome Diniz pelo Silva.
Em 26/02/1854, Antônio (já com 77 anos) e seu filho Cazuza ainda assinaram com o Diniz como testemunhas no assento de casamento da filha de Cazuza, Maria da Silva Leite, com Marcolino Pereira Barboza.
A tradição oral conta que essa mudança foi em razão de discussão de Cazuza com um primo que se assinava com o sobrenome “Diniz”.
Os “Manueis” registraram também que o primo era Cirilo Gomes de Diniz e, após discussão por conta de um “quartião” de bezerros no curral, o primo ofendeu gravemente Cazuza, de maneira que este jurou não ser mais parente do Cirilo.
O “Silva” está no sobrenome da amada mãe de Cazuza, a indígena Silvana Ferreira da Silva (Sabana), bem como no nome da justa mãe de legitimação de Antônio.
Texto enviado pelo analista Windson José Lopes de Magalhães a partir das fontes já citadas, de informações e documentos da psicóloga e pesquisadora Ana da Silva Barros Diniz, do genealogista André do Mingu, da professora Antônia Lopes Diniz Carvalho, da sábia Maria Carmelita do Espírito Santo (Sialia), do gigante mestre genealogista sertanejo Nivaldo Alves Carvalho, do historiador Pedro Sátiro Lopes e outros a formar a tradição oral.
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