Manoel viveu no olho D'água do Muniz e na então vila de Carnaubeira da Penha/PE. Trabalhou em São Paulo, Minas Gerais e na construção de Brasília. Foi um homem que estudou muito as escrituras sagradas na Bíblia, professor na fazenda Pastos Bons - Mirandiba/PE e seu esporte era a leitura.
Manezinho e seu primo Manoel de Justo escreveram os manuscritos do livro Genealogia da Família Lopes, “Do destino, para o destino, dos destinos dos Lopes”, o qual, até abril de 2025, ainda não foi publicado. Este livro trata também de costumes, tradições, estatutos, religião, história, geografia e cultura, mormente da região de Carnaubeira da Penha/PE.
Manoel escreveu que era descendente do primeiro dono de Serra Talhada/PE, o capitão Agostinho Nunes de Magalhães.
O pai de Manoel era Izidorio Pereira de Magalhães, filho de Josefa Nunes de Magalhães, filha de Maria Nunes de Magalhães. Até o momento, abril de 2025, não se tem a linhagem exata de Maria até Agostinho. Tereza e Generosa, irmãs de Josefa, também residiram na região de Tupanaci para Carnaubeira da Penha.
O português Agostinho foi o arrendatário, antes da metade do século XVIII, ao Morgado da Casa da Torre, dentre outras terras, na que se ergueu a cidade de Serra Talhada/PE. Ele foi o fundador da fazenda Serra Talhada.
O morgado da Casa da Torre foi uma espécie de Fortaleza para o domínio e manutenção de terras e currais do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, em 1549, através de Garcia d’Ávila, o primeiro fazendeiro do Brasil. A sede foi instalada na Bahia e se estendeu até o Maranhão. O senhorio dos D’ávilas no nordeste durou quase 300 anos.
Manoel, por parte de sua mãe, também era descendente do Coronel do Brejo, Manoel Lopes Diniz (Junior), filho do português Manoel Lopes Diniz, o fundador da fazenda Panela D'água, que se localizava entre Carnaubeira da Penha e Floresta, com bela e ampla vista à serra do Arapuá.
Manezinho, por parte de pai e de mãe, também era descendente de Jorge Leite da Silva, o fundador da fazenda Mingu.
Consta registrado no livro de vínculos do Morgado da Casa da Torre, lançado por Yone Sampaio em 2012, que Jorge Leite da Silva foi rendeiro das fazendas situadas nas costeiras da serra do “Irapuá”: Fazenda Entre Serras (de onde desmembrou-se a fazenda Mingú) e ocupava o cargo de ajudante da Casa da Torre.
As funções do cargo de ajudante eram trabalhar na administração e supervisão da grande propriedade do Morgado e de escravos.
Manoel também era descendente de David Pereira Barbosa, que foi casado com Maria Ramos, filha de Jorge. David era filho da bela índia da serra do Arapuá batizada por Bárbara Virgem dos Santos e do capitão Antônio Pereira Barbosa.
Manoel escreveu que David foi chefe político, chefe de família, herói, revolucionário, brabo e subdelegado, o quanto era rico. Era conhecido por David Onça por ser homem de má conduta, perverso e valentão.
Parafraseando Leonardo Ferraz Gominho, era preciso ser frio e violento para fazer cumprir as leis e determinações num mundo longínquo e desassistido como aquele em que viveu David. Era preciso, à luz da época, ser duro, forte, bruto mesmo, para ser respeitado.
Segundo a mestra Maria Lourdes David (terceira filha de Manezinho, da qual o mesmo expressa no livro muito orgulho em razão do brio e tenacidade da jovem Lourdes na organização e dedicação aos estudos e na vida) constava na carteira de reservista de seu pai o nome Manoel Pereira de Magalhães, contudo ele assinava em sua vida adulta como Manoel Izidorio David. Izidorio de seu pai e David de seu bisavô (David Onça).
Às filhas, netas, netos, bisnetos e bisnetas, cônjuges e mais gerações de Manoel Izidorio, façam como ele escreveu em seu livro desejando aos seus parentes: que nós rezemos pelos que já se foram, que oremos e rezemos por Manezinho, como ordenou o apóstolo.
Texto de seu neto Windson José Lopes de Magalhães, filho da filha caçula Maria Natividade David.
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